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AUTOSSABOTAGEM

ARMANDO BUENO DE CAMARGO

CRP – 06-93377 / CNES 7071124

Psicanálise - Sexualidade humana



Afinal o que é a autossabotagem?

Podemos conceituar da seguinte maneira: é a forma de provoca auto prejuízo (consciente- (pelo medo) ou inconscientemente), sobre qualquer vantagem ou conquista obtida, pesar do tempo e esforço empreendido, normalmente é uma forma de autopunição é ir contra o impulso do objeto de desejo.

Os fatores influenciadores normalmente advêm de experiencias vividas na infância, até porque, essa é a fase que se adquire as referências que constroem a base mental do ser adulto, são os primeiros contatos sociais, iniciando-se com família como sendo o primeiro núcleo, onde acontecem as principais privações e proibições que podem se constituírem em momentos traumatizantes e formante da vida adulta, também podem surgir através de assimilação de fortes traços de personalidade de seu conviver – (autoritarismo – dominador ou manipuladores), advêm também do sentimento de abandono, rejeição, sentimento do não merecimento, culpa ou anseio inalcançável .

Esse comportamento tem vários graus de gravidade, podendo levar a obesidade, depressão, transtorno de ansiedade, em casos mais graves pode levar a pensamento e atitudes suicida, ou automutilação – (autoflagelamento físico), objetivando sempre minimizar o sucesso, a felicidade o prazer que a conquista poderia levar. É na realidade a troca do prazer pelo desprazer, o prazer pela destrutividade, o que pode tornar-se um complexo de inferioridade crônico.

O hábito de procrastinar afazeres, fazer projeto sem antes elencar meta para a possível realização, descontar frustrações por não conseguir atingir os objetivos desses projetos e abusar na alimentação, drogas, álcool, dependência emocional, mentiras, agressividade, apatia e insensibilidade, é uma forma de satisfazer a frustração; encontrar uma pessoa interessante para uma relação amorosa ou amizade, porém quando começa ficar sério, simplesmente descarta, frustrando desta forma uma possível felicidade, esses são alguns dos mais comuns exemplos do boicote, autopunição e autossabotagem.

Há de se diferenciar mudança de opinião à desistência, mudar de opinião ou de necessidade é uma consequência da imprevisibilidade da vida, da própria evolução, desistir pode sim representar o desmerecimento, ou representa o boicote, uma vez que a procura consciente e incessante na vida é a busca da felicidade.

O mestre Freud escreveu o artigo “os que Fracassam ao Triunfar”, observava o mundo intrincado do consciente e inconsciente, a respeito da autossatisfação, o medo de ter satisfação, e o quanto de alívio sente em boicotar o objeto de desejo conquistado; é o fugir da felicidade, é o desmerecimento, ainda que isso possa repercutir no próprio futuro.

A superação passa pela mudança significativa de hábitos, de atitude para com

a vida e consigo mesma, o desejo de mudar deve ser a alavanca dessa modificação, desse padrão, “a maior felicidade é saber por que se é feliz” segundo Dostoievski.

A psicoterapia fornece elementos eficazes para a ressignificação atitude para com a vida, para aquele que está sempre buscando conquistas incessantes, não valorizando o conquistado.

O planejamento exequível da vida é necessário para dar um norte, porém, a imprevisibilidade da vida é real, não devemos nos mortificar por não ter atingido determinado objetivo, não há controle absoluto sobre as coisas que nos acometem, não deve ser objeto de frustração e de fracasso.

Circunstâncias que estão além de nosso controle devem ser observados como possíveis variantes incontroláveis. A racionalização das emoções deve ser o caminho do sossego para a alma e o encontro da realização pessoa em todas as áreas da existência.



Avenida General San Martin 116 sala 3 – Ponta da Praia - Santos /SP –

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