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Foto do escritorPsicologo Armando bueno de camargo

ANALFABETO EMOCIONAL





Mas a final o que é ser um analfabeto emocional?


É um sintoma de descontrole emocional, desentendimento na forma pacífica da problemática em que está envolvido, o que gera controvérsia na convivência social e familiar. Foi Goleman, Daniel quem introduziu a expressão “Analfabetismo Emocional, em seu livro Inteligência Emocional, que se tornou um Best-seller no final do século XX;


Naturalmente, pode ocorrer fatos e ocorrências de violências, notadamente entre jovens adolescentes, em decorrência à deficiência de atenção, carinho psicossocial e privacidade de bens comuns e necessários à vida material saudável (pobreza e miséria), não é uma decorrência “necessariamente” da privação de bens materiais, tampouco, grau de instrução, mas está ligado à impulsividade (personalidade) o descontrole emocional.


A dificuldade de se manifestar harmoniosamente em grupo seus sentimentos e emoções, sobretudo a incapacidade de controle dos mesmos, faz com que se afaste, e passe a desenvolver perspectiva de vida com uma pincelada de pessimismo, podendo chegar à depressão, distúrbio alimentar, distúrbio do sono, ansiedade, vícios com bebidas alcoólicas, drogas etc.


Sabemos hoje que muitas doenças psicossomáticas advém das emoções mal trabalhadas, podemos afirmar que a cultuada inteligência (lógica), abrange algo além do raciocínio, incluímos as emoções, e que a repressão social dos sentimentos provoca danos emocionais. A criatividade, a empatia e a sensibilidade, afeto, medo, tristeza, raiva etc., estão associadas à expressão emocional universais, o que muitas vezes não é expressa ou até reprimida.


Aprendemos a ler e escrever interpretamos textos e tratados, no entanto, nada sabemos sobre nossas emoções, não nos ensinaram expressá-las. Somos aculturados pela forma materialista e dogmática machista, assim, não há espaço para emoções.


Aprender a identificar e conviver com as emoções exige uma sofisticação emocional, pois, permite o direito da escolha não dissociada entre o sentir e o expressar através da verbalização, e também, da interação psíquica e emocional, o que irá refletir numa relação social e familiar mais/menos adequada, evitando a sobrevivência do impulso, e explosões.


A emoção interpenetra a todos os campos de atuação em nossa vida, é por isso que interfere na saúde física e mental, e pode provocar doenças psicossomáticas, é necessário desbloquear e dar importância às emoções tanto quando damos as outras faculdades humanas.


Para a visão do analfabeto emocional somente há duas saídas, uma de oprimir outra de ser oprimido, o que acarreta danos emocionais e perturbações em todas as relações, sobremaneira nas amorosas, tendendo a submissão ou opressão absolutas como alternativas.


Há, porém, o caminho do autoconhecimento, passo fundamental para se conhecer e observar o potencial e limite, além de autoeducar-se, lembrando, sempre, que para todo há uma interrelação psicossocial e para que isso ocorra com transparência deve-se observar o limite e potencialidade do outro, evitando que esbarre na baixa autoestima, complexo de culpa, orgulho e superficialidade, mas, principalmente, na imaturidade emocional que sempre interfere na dificuldade de se expressar de maneira tranquila.

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