ARMANDO BUENO DE CAMARGO
CRP – 06 93377 / CNES 7071124
Psicanálise - Sexualidade humana
Foi na antiga Grécia que o ato de comprar se desenvolveu, onde o dinheiro alterou os valores culturais e morais da sociedade, os valores familiares e pessoais mediram-se pelo poder do sistema monetário.
Até nossos dias o ato de comprar é um êxtase, há uma descarga de dopamina, ocitocina, serotonina no cérebro, o que pode levar a um transtorno clínico, ou seja, o transtorno de compra compulsivo (oniomania - é a tendência obsessiva para fazer compras, transtorno de personalidade e mental, classificado dentro dos transtornos do impulso. Para o consumidor compulsivo o que lhe excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado. A pessoa quer comprar, não ter), descrito por Kraepelin médico psiquiatra. Trata-se, portanto, de uma impulsividade (impulso patológico), nem sempre consciente, e atinge a qualquer um independente do nível intelectual e idade, mesmo nível econômico (endividamento).
Muitos estudiosos do transtorno consideram tão lesivo à saúde mental como: o transtorno de dependência química, uso de drogas e álcool, transtorno obsessivo compulsivo e do humor. Outros colocam no mesmo patamar dos transtornos: do jogo patológico, cleptomania, piromania e o dependente da internet (bastante comum na atualidade) ou ainda os transtornos alimentares.
Interessante é observar as reações anteriores e posteriores à compra: há inicialmente o descontrole compulsivo, que resulta numa euforia e alívio pela aquisição, posteriormente a depressão e sofrimento pelo arrependimento e compreensão da situação em que se colocou.
Também observar que essa compulsão atinge um número maior do sexo feminino e em fase da adolescência para a vida adulta, em comparação e proporção à compulsão pelo jogo que atinge na maioria o sexo masculino adulto.
A Psicologia e a Psiquiatria têm se debruçado sobre o assunto pois merece grande preocupação, pois, todos os descontroles acarretam sofrimentos, portanto, devem ser tratados, com psicoterapia e medicamentos, diminuindo a ansiedade, e o diagnóstico preciso é necessário, pois se deve descartar o portador de transtorno bipolar, pois, é uma outra patologia, igualmente séria.
Portanto, trata-se de uma vivencia mal adaptada, vivência com a irresistível compras desnecessárias; compras que interferem significativamente no modo de vida pessoal, familiar, social e financeiro. Os compradores compulsivos têm maior tendência recorrente à depressão e tendência ao suicídio quando entram em abstinência.
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Todos os textos são interessantes. Mas o que eu mais gostei e me identifiquei foi com o COMPLEXO DE CULPA. Mesmo não admitindo que tenho complexo de culpa, assumo que o descrição me coloca "dentro da caixinha", sabe? Aliado à herança que "não é genética" e à influência do meio... tudo se completa. Excelente Dr. Obrigada por dividir esse texto.
Gostei. Conciso, objetivo e claro.